quinta-feira, 6 de maio de 2010

O tempo que nao se perdeu ...

Não se contam as ilusões Nem as compreensões amargas,Não há medida para contar O que não podia acontecer-nos,O que nos rondou como besouro Sem que tivéssemos percebido Do que estávamos perdendo.Perder até perder a vida É viver a vida em morte Não são coisas passageiras Mas sim, constantes, evidentes,A continuidade do vazio,O silencio Em que cai tudo E por fim nós mesmos caímos.Ai! o que esteve tão próximo Sem que pudéssemos saber.Ai! o que não podia ser Quando talvez podia ser.Tantas asas circunvoaram As montanhas da tristeza E tantas rodas sacudiram A estrada do destino Que já não há nada a perder.Terminaram-se os lamentos.

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