quinta-feira, 6 de maio de 2010

O meu amor ...

Não te amo como se fosses rosa de sal, topázioou seta de cravos que propagam o fogo:amo-te como se amam certas coisas obscuras,secretamente, entre a sombra e a alma.Amo-te como a planta que não floriu e tem dentro de si, escondida, a luz das flores,e, graças ao teu amor, vive obscuro em meu corpoo denso aroma que subiu da terra.Amo-te sem saber como, nem quando, nem onde,amo-te siplesmente sem problemas nem orgulho:amo-te assim porque não sei amar de outra maneira,a não ser deste modo em que nem eu sou nem tu és,tão perto que a tua mão no meu peito é minha,tão perto que os teus olhos se fecham com o meu sono.

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