sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Se me ponho a cismar em outras eras Em que ri e cantei, em que era querida,Parece-me que foi noutras esferas,Parece-me que foi numa outra vida...
E a minha triste boca dolorida,Que dantes tinha o rir das primaveras,Esbate as linhas graves e severas E cai num abandono de esquecida!
E fico, pensativa, olhando o vago...Toma a brandura plácida dum lago O meu rosto de monja de marfim...
E as lágrimas que choro, branca e calma,Ninguém as vê brotar dentro da alma!Ninguém as vê cair dentro de mim!

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